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Evidências dos mecanismos de estratégias políticas entre grupos econômicos brasileiros egoverno...


Os grupos econômicos são uma forma organizacional que representa um fenômeno relevante (Khanna & Yafeh, 2007). Por exemplo, analisando-se os dados coletados por Aldrighi e Postali (2010), inferimos que as vendas dos 10 maiores grupos em atividade no Brasil em 1997, como % do PIB, era de 25%. Os grupos econômicos são a forma dominante de organização nos países em desenvolvimento (Colpan & Hikino, 2010; Granovetter, 2005; Khanna & Yafeh, 2007; Yiu et al, 2007). A explicação da existência dos de grupos econômicos é dominada pela perspectiva de custos de transação. Esta corrente defende que a premissa da existência dos grupos é o desenvolvimento de mercados internos à organização (de capital, de trabalho) que diminuem os custos de transação, especialmente em contextos institucionais pouco desenvolvidos (institucional voids) (Khanna & Yafeh, 2007). Enquanto esta corrente explica como as falhas de mercado influenciam a formação dos grupos, ela falha ao tentar explicar porque os grupos existem em economias com estruturas institucionais bem desenvolvidas (Yiu et al, 2007), ou porque com o seu desenvolvimento, os grupos continuam relevantes, como no caso do Brasil. Outra perspectiva especialmente interessante para explicar a existência dos grupos econômicos, especialmente no Brasil, é a perspectiva política (Schneider, 2009). Seu interesse de estudo é o impacto de ações governamentais e políticas públicas nas dimensões dos grupos econômicos. Estas ações governamentais podem tanto fomentar como inibir a existência dos grupos. O ponto que queremos ressaltar, é que os grupos são tanto um produto das políticas de governo (policy) como um agente do jogo político (politics) (Khanna e Yafeh, 2007; Schneider, 2009). Os grupos podem ser influenciados e influenciar. Estes mecanismos de atuação e influência foram propostos tanto na via da influência da empresas sobre os governos (Hillman e Hitt, 1999) como na mão inversa, da influência do governo nos destinos dos grupos (Schneider, 2009). Analisaremos os mecanismos que a empresa e governo utilizam na operacionalização de suas estratégias políticas. Para isso utilizamos dois referenciais distintos (Hillman e Hitt, 1995; Schneider,

2009) para construir um ““framework”” consolidado que permita contextualizar e ilustrar a via de mão dupla da relação entre governo e grupos. Utilizaremos a técnica de estudos de caso longitudinal, acompanhando o desenvolvimento de um grupo econômico brasileiro (Vale) e suas relações com o governo.


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