Uma pesquisa explora como a automação impacta a estrutura de tomada de decisões nas organizações, desafiando a visão tradicional de que a tecnologia democratiza as empresas e empodera gerentes de nível inferior. O estudo revela que empresas centralizadas, com tomadas de decisões top-down, tendem a automatizar tarefas em áreas que enfrentam incertezas, como o desenvolvimento de novos produtos, a fim de reduzir a dependência de gerentes intermediários e aumentar o controle das lideranças superiores. Já nas empresas descentralizadas, a automação é aplicada em operações mais estáveis, ajudando a melhorar o desempenho financeiro, ao proteger as divisões de uma tomada de decisão enviesada.
Além disso, o estudo sugere que, com o tempo, a automação pode aumentar a centralização nas empresas, independentemente de sua estrutura inicial. À medida que as operações se tornam mais padronizadas, as decisões de nível inferior diminuem, e o controle é transferido para os executivos de topo. Isso diminui o papel estratégico dos gerentes intermediários, que passam a se concentrar em tarefas operacionais. Por outro lado, empresas descentralizadas, ao automatizarem tarefas rotineiras em divisões estáveis, podem se tornar mais ágeis e inovadoras, conseguindo se adaptar melhor a mudanças do mercado.
Os impactos da automação vão além da estrutura organizacional. A pesquisa indica que, ao reduzir o papel dos gerentes intermediários, a comunicação dentro das empresas pode ser prejudicada, levando a decisões menos informadas. Além disso, a automação pode substituir contratos financeiros tradicionais usados para alinhar os incentivos dos gerentes aos objetivos da organização, padronizando processos e reduzindo oportunidades de viés ou desalinhamento. Assim, a automação se torna não apenas uma ferramenta de eficiência, mas também um ativo estratégico capaz de transformar a dinâmica de poder dentro das organizações.
Confira o artigo: https://knowledge.wharton.upenn.edu/article/the-impact-of-automation-on-corporate-decision-making/
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